segunda-feira, 11 de março de 2013

Dicotomias Saussureanas



      A língua é um sistema, ou seja, um conjunto de unidades que obedecem a certos princípios de funcionamento, constituindo um todo coerente.
         Os elementos que constituem esse sistema seguem regras que são estabelecidas dentro do próprio sistema.As peças que compõem a estrutura do sistema não trabalham de maneira individual. O valor de cada peça depende das relações, das oposições entre as unidades.  São normas que internalizamos muito cedo e que começam a se manifestar na fase de aquisição da linguagem. A língua deve ser estudada em si mesma e por si mesma. Sendo assim, exclui-se as relações entre língua e sociedade, língua e cultura etc.

DICOTOMIAS SAUSSUREANAS:

LÍNGUA/FALA SINCRONIA/DIACRONIA
Dicotomia
Divisão lógica de um conceito em dois, de modo que se obtenha um par opositivo.
Linguagem
Fenômeno linguístico que apresenta perpetuamente duas faces que se correspondem e das quais uma não vale senão pela outra.
LÍNGUA
            O indivíduo sozinho não pode criar nem modificar língua.
           A língua nasce de uma espécie de contrato implícito que é estabelecido entre os membros de uma comunidade, constituindo um sistema coletivo utilizado como meio de comunicação em uma comunidade.

         A língua é um tesouro depositado virtualmente nos cérebros de um conjunto de indivíduos  pertencentes a uma mesma comunidade linguística.














sexta-feira, 1 de março de 2013

Diacronia e Sincronia

Estudo Diacrônico
Diacronia vem do Grego que quer dizer:
Dia-através/ao longo
Chronos-tempo
Busca estabelecer uma comparação entre dois momentos da evolução histórica de uma determinada língua.
Diacronia vai estudar os fatores ao longo do tempo.
 


 Estudo Sincrônico
Sincronia vem do Grego que quer dizer:
Syn-Junção/união
Chronos-tempo 
 Tem como finalidade descrever a língua em um determinado tempo,ou seja,em um tempo específico.



Exemplos: 
1.  Estudo Sincrônico         Analise da variação entre o uso de "ter" e "haver".


Estudo diacrônico       Trajetória de mudança pane/pãe/ pão.





Signo Linguístico: Significado xSignificante

Para Saussure, o signo linguístico se compõe de duas faces básicas: a do significado – relativo ao conceito, isto é, à imagem acústica, e a do significante – caracterizado pela realização material de tal conceito, por meio dos fonemas e letras. Falando em signo, torna-se relevante dizer acerca do caráter arbitrário que o nutre, pois, sob a visão saussuriana, nada existe no conceito que o leve a ser denominado pela sequência de fonemas, como é o caso da palavra casa, por exemplo, e de tantas outras. Fato esses que bem se comprova pelas diferenças existentes entre as línguas, visto que um mesmo significado é representado por significantes distintos, como é ocaso da palavra cachorro (em português); dog (inglês); perro (espanhol); chien (francês) e cane (italiano).


Significante (imagem acústica)          
                   +                                     =   Signo

Significado (conceito)

Exemplos:




ARBITRARIEDADE (DO SIGNO)


Na linguística saussuriana, diz-se que a relação que une o significado ao significante é marcada pela arbitrariedade. De forma geral, pode-se dizer que o signo linguístico é arbitrário porque é sempre uma convenção reconhecida pelos falantes de uma língua. Por exemplo, a ideia de garrafa e o seu significante [g a R a f a ] mostra que existe arbitrariedade na relação significado/significante, porque em outras línguas o registo fonético é diferente para o mesmo significado (bottle, em inglês, ou bouteille, em francês). Quer dizer, não existe uma relação natural entre a realidade fonética de um signo linguístico e o seu significado.
Ainda na teoria saussuriana, consideram-se dois tipos de arbitrariedade: a absoluta e a relativa, para dizer, respectivamente, a imotivação total do signo (tomado isoladamente) e a motivação relativa, de que são exemplo os derivados (pereira remete-nos para a palavra original pêra, mas o seu sufixo -eira lembra-nos outros signos semelhantes como bananeira ou macieira). 



Sintagma / Paradigma por Saussure


Para Saussure, tudo na sincronia se prende a dois eixos: o associativo (= paradigmático) e o sintagmático.
Sintagma X Paradigma
Na visão de Saussure, o sintagma é a combinação de formas mínimas numa unidade linguística superior, ou seja, a sequência de fonemas se desenvolve numa cadeia, em que um sucede ao outro, e dois fonemas não podem ocupar o mesmo lugar nessa cadeia. Enquanto que o paradigma para ele se constitui de um conjunto de elementos similares, os quais se associam na memória, formando conjuntos relacionados ao significado (campo semântico). Como o autor mesmo afirma, é o banco de reservas da língua.